Desde janeiro do ano passado aumento passa de 40%
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deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB/MS) - Divulgação |
O deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB/MS) criticou na sessão de hoje (05/04) da Câmara dos Deputados a concessão de mais um aumento na tarifa de energia elétrica cobrada de 970 mil consumidores atendidos pela Energisa Mato Grosso do Sul (ex-Enersul). O reajuste de hoje é de 7,19% e no acumulado desde janeiro do ano passado chega a mais de 40%, bem acima da inflação.
De acordo com o parlamentar foram concedidos três reajustes pela Aneel no ano passado. “O primeiro aumento foi em janeiro de 2015, com a entrada em vigor da bandeira vermelha, quando a distribuidora passou a cobrar R$ 3,50 a mais na conta por cada 100 quilowatts/hora consumido. Em março, esta bandeira foi reajustada para R$ 5,50. Naquele mês foi concedido um aumento extraordinário de 27,9% na tarifa, com o argumento de oferecer o equilíbrio econômico-financeiro das empresas. Em abril, houve o reajuste anual médio de 3,22%”, enfatizou Dionizio.
Porém, alertou o deputado, “no mesmo período, a inflação foi de 13,75%, segundo o INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor), sendo 11,28% no ano passado e 2,47% em janeiro e fevereiro deste ano, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)”, explicando que “mesmo subindo quase quatro vezes mais que a inflação, o reajuste poderia ter sido ainda maior e só não o foi por causa da bandeira tarifária que começou a ser cobrada no ano passado. O governo antecipou a cobrança do reajuste, caso contrário a tarifa subiria quase 20% agora”.
Para o parlamentar “o índice divulgado hoje esconde o real aumento, já que a bandeira tarifária paga anteriormente não entra no cálculo. Esconde-se o problema da má gestão. Esse é o mesmo procedimento adotada pela presidente Dilma Rousseff com as pedaladas fiscais que tanto falamos aqui e já foi comprovado que é um crime de responsabilidade, por isso o processo de impeachment continua nesta Casa”.
Mesmo sabendo que o aumento tem respaldo legal, Dionizio enfatizou que “métodos, que no mínimo são imorais, não param de aparecer neste Governo do PT. Por isso, não dá para aceitarmos que continue a prejudicar o brasileiro, enquanto enchem as cuecas de dinheiro público”.
Fonte: ASSECOM