Pais notaram hematomas e instalaram câmeras de segurança na casa. Vítima tem 5 anos e precisa de cuidados 24 horas por dia.
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A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou, nesta segunda-feira (22), uma mulher de 51 anos presa no último dia 15 por suspeita de agredir e abusar sexualmente de uma menina de cinco anos, em Belo Horizonte.
A técnica em enfermagem era contratada para cuidar da criança, que tem paralisia cerebral por causa de um erro médico e precisa de cuidados 24 horas por dia. Os pais da vítima instalaram uma câmara de segurança na casa depois de perceberem hematomas, feridas e arranhões pelo corpo da menina.
Quatro horas de tortura e maus-tratos foram gravadas, mostrando a cuidadora agredindo e praticando abusos sexuais. Uma perícia feita pela polícia comprovou que a menina não teria condições de ter se machucado sozinha.
"Ela [a suspeita] foi, em dezembro de 2015, designada pela empresa responsável, trabalhar na residência. E, em meados de dezembro, a família começou a perceber que vários maus tratos estariam sendo cometidos. A própria família relata que, a própria criança que está nesta condição física desde 1 ano e meio, nunca tinha sido maltratada, nunca tinha sido constatado hematoma, nada na criança. E a partir do momento que a Rosania começou a trabalhar lá, pouco tempo depois, começou-se a verificar várias lesões", relatou a delegada Iara França.
Três técnicas de enfermagem contratadas por um plano de saúde se revezavam na casa da família para tomar conta da criança. O pai já havia reclamado com o plano sobre o comportamento da cuidadora. Ele e a esposa desconfiavam que itens da casa estavam sendo furtados.
"Não é fácil para um pai, para uma mãe, ver o seu filho sendo abusado, sendo torturado por uma mulher que se dizia uma técnica de enfermagem", disse Walisson de Oliveira, pai da menina.
A delegada disse que a suspeita negou a acusação de abuso sexual, mas não respondeu sobre os maus tratos. "Ela se esquiva de qualquer confrontação em relação à criança. Ela somente culpa a família por acusa-la de furta, e quando confrontada em relação aos maus tratos, ela se esquiva. Inclusive, em relação ao abuso sexual ela foi confrontada, mas ela negou", disse Iara França.
A mulher foi presa preventivamente e vai responder por furto qualificado e estupro de vulnerável.
Do G1 MG, com informações do MGTV