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Especialista alerta sobre dificuldade de aprendizagem e comportamento

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Recomendação é não esperar quando se detecta primeiros sintomas 

Janaína Michels Barbosa Godoy é psicóloga e especialista em Avaliação Psicológica (CRP 14/03384-2) - Foto: Arquivo Pessoal

Em casa, a vivência não anda fácil, a rotina escolar de muitas crianças e adolescentes não reflete êxito nos relacionamentos e nas atividades. Problemas de comportamento e dificuldade de aprendizagem têm marcado a geração que já nasceu em meio às novas tecnologias da informação e lida todos os dias com o desafio de conciliar o acesso aos mais variados conteúdos e, ao mesmo tempo, conviver com aspectos tradicionais da sociedade. A leitura é feita pela especialista em Avaliação Psicológica, Janaina Michels Barbosa Godoy. 

Ao longo de seus 10 anos de experiência, a profissional percebeu que dentre os problemas apresentados por pais e gestores escolares, a dificuldade de aprendizagem em graus variados era o mais comum. A observação rendeu estudos e uma maior dedicação sobre o tema. “Trabalho com a Terapia Cognitiva Comportamental, que é um método que se orienta no conhecimento empírico da psicologia científica, se orienta no problema atual do paciente”, conta Janaína. 

A psicóloga explica que a expressão dificuldade de aprendizagem é usada para referir condições sócio-biológicas que afetam as capacidades de aprendizado de indivíduos, em termos de aquisição, construção e desenvolvimento das funções cognitivas e abrange transtornos tão diferentes como incapacidade de percepção, dano cerebral, autismo, dislexia etc. No campo da Educação, as mais comuns são a dislexia, a disortografia e a discalculia. O conceito é explanado como um misto de predisposição biológica e comportamentos aprendidos no meio em que se convive. 

O recomendado é não esperar quando se detecta um princípio de dificuldade, que pode ser percebido desde cedo, com o desenvolvimento da fala, por exemplo. “As dificuldades podem advir de fatores orgânicos ou mesmo emocionais e é importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o desenvolvimento do processo educativo, percebendo se estão associadas à preguiça, cansaço, sono, tristeza, agitação, desordem, dentre outros, considerados fatores que também desmotivam o aprendizado”, detalha. 

O quadro que reflete o bloqueio na aprendizagem quase invariavelmente é delineado nas séries iniciais e não “desaparece” magicamente. Pelo contrário, a psicóloga é categórica e afirma: “vai aumentando gradativamente e não se resolve sozinho”. 

Quando o assunto é o adolescente, uma observação é ressaltada. Os problemas comportamentais nessa faixa etária são mais comuns e, por ser difícil de precisar os seus níveis, é preciso deixar conceitos equivocados e procurar ajuda. 

“O estado de alerta deve começar se não há ajuste entre indivíduo e ambiente. Um bom acompanhamento psicológico deve oferecer recursos técnicos adequados e um ambiente agradável para que a criança ou adolescente sinta confiança e conforto para demonstrar suas dificuldades e assim obter significativos avanços”, conclui a profissional. 




Fonte: ASSECOM


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