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Eduardo Cunha é o 'pecado original', afirma Dilma

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Presidente discursou na 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos. Para ela, recusa a proposta do presidente da Câmara originou impeachment.

Dilma discursa durante a Conferência Nacional de Direitos Humanos, nesta quarta (27) em Brasília (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

A presidente Dilma Rousseff afirmou em discurso nesta quarta-feira (27), em Brasília, que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é o "pecado original", em referência ao processo de impeachment ao qual responde no Congresso.

Segundo a presidente, o processo de impeachment foi admitido por Cunha na Câmara porque não aceitou uma proposta que tinha feito, de recusar o processo de impeachment se os deputados governistas ajudassem a impedir que ele fosse julgado no Conselho de Ética da Câmara em processo que pode resultar até na cassação do mandato. Segundo ela, se aceitasse, o governo entraria "em processo de apodrecimento".

"Esse processo tem um pecado original. O pecado original é o presidente da Câmara. Por que ele é o pecado original? Vou explicar por que. Isso foi amplamente noticiado. O senhor presidente da Câmara queria fazer jogo escuso com o governo. Votem para impedir que eu seja julgado no Conselho de Ética. Tirem os votos que o governo tem. E aí eu não entro no processo de impeachment. O governo que aceita uma negociação dessas é um governo que entra em processo de apodrecimento. E por isso é que nós recusamos", declarou a presidente em cerimônia da 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos.

Antes da chegada de Dilma, a plateia, formada por participantes ligados a movimentos dos direitos LGBT, da criança e do adolescente, dos idosos e da pessoa com deficiência, entoou por diversas vezes gritos de “Não vai ter golpe, vai ter luta”. Também houve gritos de “Fora, Cunha”, “Ô Bolsonaro, vou te dizer, eu também cuspo em você”.

Dilma estava acompanhada de vários ministros, entre eles Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência), Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Aloizio Mercadante (Educação), Eugênio Aragão (Justiça) e Nilma Lino Gomes (Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos).

No discurso, ela também voltou a afirmar que o processo de impeachment não tem base legal e, por isso, é um golpe.

"Tem o golpe feito com armas na mão, tem o golpe feito com tanques, mas tem outro tipo de golpe que você faz com as mãos nuas, rasgando a Constituição", declarou.

A presidente também negou ter cometido qualquer crime que justifique a saída dela do poder. “Eu não tenho contas no exterior, jamais usei dinheiro público para me beneficiar, não tenho acusação de corrupção. Então, o que eles fizeram? Arranjaram uma acusação, e toda acusação arranjada é frágil. Me acusam de ter práticas contábeis incorretas. São seis decretos, todos eles de suplementação.”





Do G1, em Brasília
Por: Fernanda Calgaro


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